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O poder da previdência complementar: participante do RS-Futuro detalha vantagens em artigo

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Um dos objetivos da RS-Prev é estimular a consciência previdenciária. É preciso pensar no futuro ainda no presente. Bruno Jatene, participante do RS-Futuro e diretor de Previdência da AEGEA Saneamento, explica a importância de investir em uma previdência complementar em artigo publicado no Linkedin.

“O poder da previdência complementar

Imagine-se no controle do seu destino financeiro, preparado para enfrentar os desafios do futuro com confiança e segurança. Este é o poder da previdência complementar fechada, um instrumento financeiro que vai além da mera economia e investimento. É uma escolha inteligente que oferece benefícios fiscais e vantagens financeiras substanciais, criando um alicerce sólido para o seu futuro.

Neste artigo, exploraremos como a previdência complementar fechada, especialmente quando apoiada por contribuições paritárias da empresa ou do ente estatal, pode se tornar a peça central de uma estratégia financeira próspera. Vamos mergulhar nos números, analisar a rentabilidade real dos aportes e desvendar os benefícios que essa modalidade oferece. Prepare-se para descobrir como sua adesão à previdência complementar pode ser o catalisador de uma jornada rumo a um futuro financeiro seguro e promissor.

A cada início de ano, as entidades do segmento de previdência complementar passam a divulgar as rentabilidades atingidas pelos seus planos de previdência. É interessante ver como as políticas de investimento e as regras do plano (contribuição paritária, taxa de carregamento, taxa de administração etc.) impactam de maneira diferente essas rentabilidades. De toda sorte, esses percentuais contam apenas uma parte da história, já que os números reais podem revelar algo muito mais interessante.

Vamos a um exemplo prático. A RS-Prev, fundação de previdência complementar fechada dos servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul, divulgou recentemente que seu plano obteve uma rentabilidade de 15,36% em 2023. Trata-se de uma rentabilidade acima da média de 12,79% de 195 planos da modalidade de contribuição definida, conforme estudo apontado pela Consultoria de Investimentos Aditus.

Além da rentabilidade da própria carteira de investimentos, que faz o saldo crescer com a mágica dos juros compostos, a modelagem do plano ainda oferece o incentivo de contrapartida contributiva pelo ente estatal, em que a cada R$ 1 aportado pelo participante, o Estado aporta o mesmo valor no saldo individual de cada pessoa. A contribuição ordinária mensal pode variar de 4,5% a 7,5% sobre a parcela da remuneração que excede o teto do INSS (atualmente em R$ 7.786). Assim, na aposentadoria, a poupança resultante das contribuições e das rentabilidades obtidas se converterá em benefício de previdência complementar à aposentadoria do INSS.

Como é comum também na iniciativa privada, a contribuição paritária pelo ente estatal permite que o valor aportado pelo participante se multiplique e já promova uma "rentabilidade" de 100% na largada, sendo esse incentivo a principal vantagem do ponto de vista financeiro.

Assim, vamos aos números para entender que a rentabilidade da carteira de investimentos de 15,36% pode significar uma rentabilidade muito maior, quando comparada ao que efetivamente o participante aportou.

Supondo uma contribuição mensal de R$ 750,00 (7,5%) do participante, o saldo nominal ao final do ano será de R$ 9.000,00. Acontece que o mesmo valor também é aportado pelo Estado, fazendo com que o saldo nominal dobre para R$ 18.000,00. Com a rentabilidade de 15,36% no ano de 2023, podemos considerar que o saldo corrigido foi de R$ 20.764,80. Esse valor corresponde a uma rentabilidade efetiva de 130,72% em relação ao valor total aportado apenas pelo participante. Ou seja, a cada R$ 1.000 aportados pelo participante, o saldo no final do ano será de R$ 2.307,20.

Mas as vantagens não são apenas financeiras. O benefício fiscal obtido pelos aportes na previdência também serve para impulsionar a rentabilidade em análise. Isto porque a base de cálculo (renda bruta tributável) para o imposto de renda pode ser reduzida em até 12%.

Assim, supondo que a renda bruta tributável no ano foi de R$ 300.000,00, o imposto de renda pago seria de R$ 71.942,90, desconsiderando qualquer outra dedução (dependentes, saúde, educação etc.). Porém, considerando que o aporte de R$ 9.000,00 na previdência poderia servir para reduzir a base de cálculo, o imposto de renda exigido cairia para R$ 69.467,90. Isso significa que na declaração do Imposto de Renda, seria possível restituir, em uma conta simples, algo em torno de R$ 2.475,00. No caso da RS-Prev, a dedução já ocorre ao longo do próprio ano.

Portanto, podemos também considerar que esse benefício fiscal acabaria por agregar mais rentabilidade ao valor aportado pelo participante. Nesse sentido, a rentabilidade pularia para inacreditáveis 158,22%.

Por fim, cumpre observar que a previdência ainda tem um importante papel de proteção sucessória, servindo inclusive como uma espécie de seguro de vida, já que não entra no inventário.”

RS-Prev